Em 1988, para o catálogo da Exposição Antológica de Paula Rego na Fundação Calouste Gulbenkian, John McEwen, no final da entrevista, colocou à pintora algumas perguntas sobre o tempo. Porque as respostas me tocaram especialmente, aqui fica a transcrição dessas linhas.
“— Há trinta anos que vem pintando — a idade e a experiência acha que são coisas que ajudam?
“— Ajuda, sim, ajuda. Já mais capacidade de concentração, tem-se uma ideia muito mais nítida do que se pretende fazer. […]
“— Quer dizer, a idade é outra libertação.
“— Para os homens não sei — nas mulheres acho que liberta imenso.”
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